quinta-feira, 8 de julho de 2010

O samba brasileiro é Africano

O Samba é a principal forma de música de raízes africanas surgida no Brasil. O nome “samba” é, provavelmente, originário do nome angolano Semba, um ritmo religioso, cujo nome significa umbigada, devido à forma como era dançado.

Nos anos trinta, um grupo de músicos liderados por Ismael Silva fundou, na vizinhança do bairro de Estácio de Sá, a primeira escola de samba, Deixa Falar. Eles transformaram o gênero, dando-lhe os contornos atuais, inclusive com a introdução de novos instrumentos, como o Surdo e a Cuíca, para que melhor se adequasse ao desfile de carnaval. Nesta mesma época, um importante personagem também foi muito importante para a popularização do samba: Noel Rosa. Noel é responsável pela união do samba do morro com o do asfalto. É considerado o primeiro cronista da música popular brasileira. Nesta época, a rádio difundiu a popularidade do samba por todo o país, e com o suporte do Presidente Getúlio Vargas, o samba ganhou status de “Música Oficial do Brasil”.
Nos anos seguintes o samba se desenvolveu em várias direções: do Samba Canção às Baterias de Escola de Samba. Um dos novos estilos foi a Bossa Nova, criado por membros da Classe Médi, dentre eles João Gilberto e Antônio Carlos Jobim.
Em meados de 1998 surgiu uma tendência para o Samba que agora seguiria para a direção das influências das músicas caribenhas. Nesse tempo, bandas baianas e também cariocas lançaram novidades como o Samba-Reggae, hoje a principal vertente do Pagade Baiano. Assim, tanto o Samba de Roda quanto a Axé Music, estavam caminhando para a decadência e com pouca vendagem de discos. No início do Século XXI, em concorrência com a popularidade dos Pagodes Carioca e Paulista, o Samba-Reggae, um gênero originalíssimo, tem ganhado popularidade. Grandes bandas têm mantido o estilo, como: Olodum, Terra Samba, Refla, Cidade Negra e até o Só Pra Contrariar.
Atualmente o Samba é o gênero musical mais popular no Brasil e também popular em outras regiões do mundo como no Japão. Alguns artistas brasileiros como Nelson Sargento, Monarco e Wilson Moreira, produzem Samba para japoneses.

 Kataliny Azzolini

A arte Afro brasileira


Embora nascida a partir de uma funda raiz africana, a arte afro-brasileira teve um longo percurso de séculos que lhe possibilitou, não só uma visível autonomia, como uma criatividade própria. Ela percorreu uma trajetória de trocas, sobretudo com os europeus, no seio de um mundo escravocrata e católico que lhe acarretou perdas e ganhos, continuidade e mudança, sem contudo ter havido uma ruptura.
Essa arte permaneceu realimentada pela seiva africana que lhe inspira uma visão de mundo herdada do continente negro, mas sujeita a uma dinâmica proveniente da evolução da sociedade brasileira. Participou de tal modo na construção e desenvolvimento dessa sociedade que, pioneiramente, Gilberto Freyre considerou o negro como “um co-colonizador, apesar da sua condição de escravo”. Após a Abolição ele continuou sofrendo uma enredada, mas pertinaz discriminação racial.

A arte africana tradicional

A arte africana, presente nas sociedades predominantemente rurais, não tem o propósito de ser uma reprodução literal da realidade ou um objeto de pura contemplação, embora o seja também de deleite espiritual e estético.
A sua função primordial é a de produzir valores emocionais para as comunidades às quais pertence e que possuem um saber cultural já estabelecido.
A arte africana é um reflexo fiel das ricas histórias, mitos, crenças e filosofia dos habitantes deste enorme continente. A riqueza desta arte tem fornecido matéria-prima e inspiração para vários movimentos artísticos contemporâneos da América e da Europa. Artistas do século XX admiraram a importância da abstração e do naturalismo na arte africana.

A história da arte africana remonta o período pré-histórico. As formas artísticas mais antigas são as pinturas e gravações em pedra de Tassili e Ennedi, na região do Saara (6000 AC ao século I da nossa era). 
Tassili

comunidades têm uma capacidade de compreendê-la que antecede qualquer reflexão. São apreciadas não pelo que apresentam, mas sim pelo que representam.

A também chamada “arte negra” acompanha a vida da comunidade, é instrumento da sua relação com o espiritual, participando dos ritos e rituais da vida doméstica desde o nascimento, os ritos de passagem, passando pela morte e continuando na perene ligação com a ancestralidade.

Máscara Africana 

Para os africanos, a máscara representava um disfarce místico com o qual
poderiam absorver forças mágicas dos espíritos e assim utilizá-las na
cura de doentes, em rituais fúnebres, cerimônias de iniciação,
casamentos e nascimentos.

 Kataliny Azzolini


terça-feira, 6 de julho de 2010

Influência africana na culinária brasileira

Culinária Afro-brasileira

A cozinha brasileira deriva em grande parte da cozinha africana, mesclada com elementos da cozinha indígena e portuguesa.
Por volta do século 16 à alimentação cotidiana na África, que foi incorporada à comida brasileira pelos escravos, incluía arroz, feijão, sorgo, milho e cuscuz. A carne era predominante de caça (antílopes, gazelas, búfalos e aves). Os alimentos eram preparados assados, tostados ou cozidos. Como tempero utilizava-se pimentas e óleos vegetais como o azeite-de-dendê.



A alimentação dos escravos nas propriedades ricas incluía canjica, feijão-preto, toucinho, carne-seca, laranjas, bananas, farinha de mandioca e o que conseguisse pescar e caçar; e nas pobres era de farinha, laranja e banana. Os temperos utilizados na comida eram o açafrão, o óleo de dendê e o leite de coco. O cuscuz já era conhecido na África antes da chegada dos portugueses ao Brasil, e tem origem no norte da África, entre os berberes. No Brasil, o cuscuz é consumido doce, feito com leite e leite de coco, a não ser o cuscuz paulista, consumido com ovos cozidos, cebola, alho, cheiro-verde e outros legumes. O leite de coco é usado para regar peixes, mariscos, arroz-de-coco, cuscuz, mungunzá e outras iguarias.



A feijoada que hoje é o prato nacional do Brasil. É basicamente a mistura de feijões pretos, carne de porco e farofa. Começou como um prato português que os escravos negros modificaram: os donos de escravos davam as partes pobres do porco aos escravos e estes misturavam estas partes com feijão e farinha.



Juliani Caminha

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Música e dança

A dança originou-se na África como parte essencial na vida das aldeias. Em sua maioria, todos os homens, mulheres e crianças participam da dança, batem palmas ou formam círculos em torno dos bailarinos. Todos os acontecimentos da vida africana são comemorados com dança, nascimento, morte, plantio ou colheita; ela é aparte mais importante das festas realizadas para agradecer aos deuses, uma colheita farta.


  As danças africanas variam muito de região para região, mas a maioria delas tem certas características em comum. Os participantes geralmente dançam em filas ou em círculos, raramente dançam só ou em par. As danças chegam a apresentar algumas vezes até seis ritmos ao mesmo tempo e seus dançarinos podem usar máscaras ou enfeitar-se. A dança interrompe a monotonia e estrutura do tempo. Assim como uma canção, a dança é uma forma de contar histórias.

Ao longo dos anos a dança começou a ser modelada e encaminhada a diferentes estados. A sua trajetória teve início com o fim da escravidão, e em meados dos anos 20 e 30 do século passado, os negros começam a migrar para o Rio de Janeiro deixando marcas do samba e umbanda.




Depois que a umbanda alcançou um devido status, o candomblé tornou-se referência e a dança passa a ser visualizada de maneira marginalizada e é desprezada, por estar quase sempre associada a uma adoração de deuses africanos. A dança africana não foi a única a ser desprezada inicialmente, mas como todas as outras ela teve seu reconhecimento e é uma das mais populares atualmente.

 
Danças afro-brasileiras

Baiano/ baião - de pares
bambelo ou coco - de zambê-de roda bate-baú-de roda
batuque-de-fileira
calango-de-pares
carimbó-de-roda
caxambu-roda
frevo-individual
jongo-de-roda
lundu-de-pares
macunlelê-de-fileira
mineiro-pau-de-pares
pagode de Amarante de fileira
partido-alto-de-roda
samba-de-roda
Lambada
Maxixe
Ijexá
Maracatu
tambor-de-crioula-de-roda.



Instrumentos afro-brasileiros

  Afoxé
Agogô
Atabaque
Berimbau
Tambor
Xequerê



Juliani Caminha

Cultura Afro-descendente no Brasil

   A cultura africana foi trazida para o Brasil durante o longo período de escravidão pelo trafico negreiro. A cultura brasileira teve origem a partir da mistura com as diversas etnias dos escravos que foram trazidos de lugares diferentes, junto com a indigena e as dos portugueses. Os africanos trazidos para o Brasil incluindo bantos, nagôs e jejes, cujas crenças religiosas deram origem as religiões afro-brasileiras. Assim como a cultura indígena, a africana foi suprimida pelos colonizadores. Nas colônias os escravos aprendiam portugueses, eram batizados com nomes portugueses e obrigados a se converter ao catolicismo.




       Os africanos contribuíram para cultura do Brasil em vários aspectos: religião, dança, música, culinária e idioma. Essa influencia é notada em alguns estados do nosso país como: Bahia, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul a cultura afro-brasileira é particularmente destacada em virtude da migração dos escravos.
  

                                                                                                           
Juliani Caminha